Considerada por muitos como a mais bela e nobre das árvores floríferas, a Amherstia nobilis é uma cesalpinácea da família das leguminosas originária de Burma (atual Myanmar), pequeno país localizado na Ásia, mais precisamente na porção norte-ocidental da península da Indochina, tendo grande parte do seu território coberto por florestas tropicais.

Esta árvore foi descoberta em 1826 pelo botânico Nathaniel Wallich ( 1786-1854 ) em um jardim de um monastério em Kogun ( Burma ) e o nome Amherstia foi em homenagem a Lady Sara Amherst, colecionadora e coletora de plantas na Ásia no século dezenove.

Pouco depois do descobrimento da Amherstia o seu cultivo em coleções já teve inicio em 1837 em Burma e devido à impressionante beleza de suas flores foi levada para a Inglaterra onde chegou a florescer em estufas especiais para plantas tropicais.

Também  encontrada em estado nativo na Índia, a Amherstia é espécie única no gênero e no Brasil foi introduzida pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Devido à sua difícil propagação foi pouco  disseminada em nosso país e os poucos exemplares existentes são vistos em  jardins de colecionadores. No estado de São Paulo a multiplicação desta planta teve início na década de 50 no Instituto Agronômico de Campinas pelo Engenheiro Agrônomo Dr. Hermes Moreira de Souza e os primeiros exemplares foram distribuídos aos viveiristas no intuito de se conseguir a propagação comercial da espécie. 

Nas publicações de língua inglesa a Amherstia recebe os nomes de “Queen of Flowering Trees” e “Pride of Burma” e sem dúvida nenhuma faz jus à denominação pois é uma árvore copada e densamente folhada com porte de 7 a 10 metros de altura e torna-se  simplesmente espetacular quando desabrocha seus  longos racemos de flores vermelhas com as corolas caprichosamente manchadas de amarelo - vivo. Floresce praticamente o ano todo, porém a floração intensifica-se a partir de agosto, setembro e durante os meses mais quentes do ano. Suas brotações apresentam duas a três folhas novas pendentes e de coloração marrom avermelhada o que torna a árvore extremamente ornamental mesmo quando sem flores.

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