O Brasil é o paraíso da melastomatáceas, principalmente do gênero Tibouchina ao qual pertence as quaresmeiras, os jaracatirões e o mais notável de todos, o Manacá da Serra (Tibouchina mutabilis)

O Manacá da Serra é uma árvore de porte mediano e pertence à família das melastomatáceas que reúne uma grande quantidade de espécies de quaresmeiras ornamentais, algumas arbustivas, outras arbóreas, mas a grande maioria com floradas exuberantes. Ainda falando sobre o Manacá ele apresenta uma copa de formato arredondado com ramagem abundante com folhas elíptico ovaladas, lisas, com três nervuras bem visíveis na superfície.

O destaque dessa planta são as flores que são grandes, numerosas e muito vistosas aparecendo durante os meses de novembro a março.  O mais interessante é que essas flores vão mudando de cor e passam por várias tonalidades, ao desabrocharem são brancas, posteriormente rosas e finalmente roxo-escuras.

A quem a observa causa a impressão de que a planta produz flores de três cores. Vale lembrar que essa variação de cores ocorre também em outras espécies, um exemplo típico é o Manacá de Cheiro ( Brunfelsia uniflora ) que causa até uma certa confusão por ocasião da procura  dessa  planta  por parte dos compradores. A designação como sendo da serra refere-se ao fato da planta ser nativa principalmente na Serra do Mar.

Os frutos do Manacá da Serra são ovalados e quando maduros (secos) soltam grande quantidade de sementes que são minúsculas, quase que um pó.

Existem outras espécies de Tibouchina que produzem flores que mudam de cor, mas a que mais se destaca é a T. mutabilis e que é a mais propagada também.

A propagação do Manacá da Serra sempre foi feita através das sementes, mas atualmente os viveiristas desenvolveram técnicas de propagação vegetativa através de estaquia e as plantas obtidas por esse sistema já florescem bem pequenas, já nas primeiras brotações. Essa mudança no método de propagação causou até uma confusão na definição da espécie, pois nomeou a planta como Manacá da Serra Anão, o que está errado, pois a espécie é a mesma só que florescem mais precocemente.

Dicas de Cultivo:
 O plantio dessa árvore deve ser feito em covas bem espaçosas com substrato bem solto e enriquecido com bastante matéria orgânica procurando dar ao mesmo as mesmas características do solo sob as matas.

Não deixar faltar umidade que é fundamental aos Manacás, sendo bastante recomendável manter uma cobertura morta (mulching) ao redor do caule.

Em solos muito compactados as dificuldades para desenvolvimento são bem maiores. Em mudas obtidas por estaquia os cuidados devem ser ainda maiores já que o sistema radicular é mais frágil.  As adubações podem ser feitas integralmente com adubos orgânicos tipo húmus de minhoca, esterco bovino entre outros.

Quando cultivado em vasos a umidade deve ser bem controlada, mantendo o substrato sempre úmido, porém sem encharcamento excessivo.

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